quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O jovem que desistiu.

Quando se tem tristeza, a vida se torna longa, nunca vai acabar, nos afogamos em choros, nos arranhamos em lenços e os olhos ficam com aquela vermelhidão, colando-se com a palidez. Quando se está feliz, insistimos que passa rápido e que nenhum momento longo apaga, prometemos coisas, ficamos cegos, eu não sei, mas tal longidão, o longo caminho feliz, é só meio metro, pra um quilômetro de tristeza que nos convém.

Então vem tristeza, vem, bate na porta, dessa vez eu te deixo entrar...
Só não te ofereço café, remédios sedativos e pensamentos suicidas, pois esgotaram-se em mim.

Um comentário:

  1. Você escreve bem. Temo que tenhas deixado de lado esse dom. Dou-lhe a opinião de que volte a expressar-se através das palavras que se escondem nas entrelinhas da tua vida. Gostei das coisas que li aqui. Pequenas coisas, grandes pensamentos. Nem parece ter sido escrito pelo menino franzino que dormia no ônibus a caminho da escola.

    www.matandoaspalavrasdentrodemim.blogspot.com

    Angus C.

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